A Incrível história do Sargento William Hoover Parte 2

A Incrível história do Sargento William Hoover Parte 2

Continuando essa empolgante história real de um Senior DeMolay fazendo valer a sétima virtude, o patriotismo, da forma mais triste, mas com muita bravura e honra.

A Parte que descrevo aqui, são as próprias palavras do Sargento William Hoover, que contou o que aconteceu naquele fatídico dia em que um soldado afegão decidiu abrir fogo contra seus supostos companheiros de equipe.

Primeiro, eu gostaria de dizer que é uma honra para mim estar falando com os líderes da Ordem DeMolay e os futuros líderes de amanhã. Nunca em meus sonhos mais loucos pensei que teria a honra de estar aqui falando com vocês hoje.

Eu gostaria de agradecer a DeMolay da Califórnia do Norte por esta incrível oportunidade.

Em segundo lugar, eu gostaria de me apresentar. Eu sou sargento William Hoover, Senior DeMolay há 12 anos; militar há oito anos e meio. No exército, recebi uma Estrela de Bronze, a cobiçada Purple Heart, e uma Medalha de Serviço Meritório. Tudo o que eu nunca teria recebido, e honestamente não teria, se não fosse por minhas experiências adquiridas na DeMolay.

Quando eu comecei na Ordem DeMolay com a idade de 14 anos, eu realmente não tinha ideia do que estava me aguardando ou o que ia ser da jornada que estava a minha frente. O que eu fiz com os ensinamentos da Ordem DeMolay me guiou na carreira do serviço militar, e sem eles, eu não seria o soldado que está diante de vocês hoje. Eu seria um outro homem que fez o serviço, mas realmente não ganhou a essência completa do que é ser um soldado.

Você pode encontrar um monte das virtudes da Ordem DeMolay em grande parte do serviço militar nos Estados Unidos. Há um lugar especial para o companheirismo e fidelidade. Nas forças armadas, estas virtudes são mantidas tão elevados quanto elas são na DeMolay.

Companheirismo é o que forma uma forte irmandade entre soldados do mesmo calibre, não importa de que país eles são. É uma cola que mantém os soldados lutando mesmo quando eles sabem que, em sua mente, não importa o que eles façam, se eles são capazes de matar seu inimigo ou não, ou ajudar a salvar um irmão, que, no final da luta eles não vão estar andando sozinhos. Soldados que sabem o verdadeiro significado de companheirismo fará qualquer coisa para seus irmãos, porque eles sabem de todo o coração que eles vão fazer a mesma coisa.

O patriotismo é algo que nós, como DeMolays, seguramos muito próximo e com muito cuidado junto ao nosso coração. Acima de tudo, o patriotismo é algo que nós mostramos todos os dias para todos os jovens veteranos que vemos e todos os velhos veteranos com seus chapéus de guerra que encontramos andando nos shoppings ou nas ruas. É o que sentimos cada vez que ouvimos o nosso hino nacional, ou ao ver a bandeira balançando ao vento.

É a honra e orgulho que você sente cada vez que você vê uma unidade retornando de uma guerra para casa, e todas as orações que fazemos para aqueles que não conseguiram voltar para casa. E, para alguns de nós, é cada lágrima que rola em nossos rostos sempre que pensamos sobre aqueles que perdemos em serviço, e todas as noites sem dormir no Memorial Day (feriado nacional americano dedicado aos combatentes de guerra).

É uma das partes mais sagrados de culto, da Ordem DeMolay. É algo que eu admiro muito. É algo que você pode encontrar em quase todos os soldados que você vê e quase todos os DeMolays que você vê.

Sem DeMolay, eu não seria o homem que sou hoje. Eu não teria recebido as habilidades de liderança que eu usei neste dia com os soldados abaixo de mim, e os ensinamentos, ensinando as habilidades passadas de meus tios consultores para mim, e as mesmas habilidades que eu transmitia aos meus soldados para que eles pudessem continuar. Eu aprendi mais em meus curtos anos na Ordem DeMolay do que eu aprendi em qualquer outro momento da minha vida.

Eu queria compartilhar com todos vocês sobre um dia que literalmente mudou minha vida para sempre, 05 de agosto De 2014.

Às 11:50 na Universidade afegã de Defesa Nacional, a versão deles de West Point (universidade americana), minha missão era a segurança pessoal de indivíduos do comboio. Então eu tinha que proteger seja lá quem for que eles me dessem para proteger. Naquele dia, tinha sido o Major General, juntamente com alguns civis que seriam as pessoas que construíram aquele lugar, e, em seguida, meu comandante também.

A missão continuou por cerca de duas horas naquele dia, e tudo estava indo bem. Haviam quatro de nós na missão, mas haviam cerca de 80 envolvidos no total, e 150 pessoas que nós estávamos protegendo. Portanto, não havia poucas pessoas lá. O número original só deveria ser 50. Então, sim. O posto original que nós deveríamos parar não estava lá, então decidimos parar onde paramos.

Às 11:55, um membro do Exército Nacional Afegão, que trabalhava lado a lado conosco todos os dias nos últimos três meses em que estávamos no país, e nos últimos três anos de serviço, entrou no banheiro de um edifício que simplesmente aconteceu de ser um lugar em que ele conhecia bem. O Lugar parecia um labirinto, mas é assim que eles fazem seus edifícios lá.

Ele viu uma oportunidade de ouro, como um monte de soldados confusos veem, e ele nos atacou, é o que nós militares chamamos de um ataque verde no azul, ou uma ameaça interna.

Então ele desceu 29 tiros no total. Ele me acertou 11 vezes. O primeiro deles bateu no meu ombro e em seguida, me acertou na lateral, e felizmente, eu estava cerca de meio metro atrás do meu sargento, ou meu sargento não estaria aqui hoje.

Eu caí no chão – bom, eu fui jogado no chão pela força das balas, então olhei para cima e vi o General, o cara que eu devia supostamente estar protegendo, cair no chão.

Então, eu peguei meus dois civis e meu comandante e tirei daquele local, no meu caminho de volta, peguei um coronel do Exército Francês. Quem eu tinha conhecido anteriormente. A Sorte foi eu conhecer o seu uniforme e eu sabia que ele precisava de ajuda.

Fui para buscá-lo; assim que agarrei ele, eu levei um tiro na perna. Então eu gritei com um uns outros caras que estavam entrando. Eu me agachei na frente dele para me certificar de que ele não seria acertado, então abri fogo.

Atirei três vezes. Eu não podia fazer nada com o braço, então eu coloquei meu braço em torno dele e fui atingido novamente mais umas seis vezes, daí eu comecei a retribuir fogo.

Eu levei três tiros na perna direita, uma vez… bom, duas vezes na canela direita, uma vez no joelho direito, uma vez no antebraço esquerdo, e uma vez no ombro esquerdo. Eu fui capaz de retribuir três tiros com o meu rifle; nove tiros com a minha 0,9 milímetros.

Em um ponto durante o fogo cruzado, tudo começou a ficar muito tranquilo. Eu não conseguia ouvir mais nada, e eu fiquei com muito frio. Eu perdi muito sangue, e eu sabia que ia morrer.

Mas o que eu decidi fazer, em seguida, foi o que a DeMolay me ensinou a fazer a minha vida inteira; a levantar-se para os meus irmãos e dar tudo o que eu tinha. Então eu continuei a trocar tiros. Acabei por derrubar o atirador, por sorte, antes que ele fosse capaz de matar mais alguém, e antes que ele fosse capaz de me matar.

Depois, eu percebi que eu tinha ido embora. Então eu deixei cair minha 0,9 milímetros, relaxei, e decidi ficar confortável, e o sargento, que eu tinha levado os tiros por ele no início, foi quem salvou minha vida, ele veio e colocou bandagens em mim. Ele salvou minha vida, e, honestamente, eu realmente não tenho dúvida de que ele faria tudo isso novamente. Eu sabia que ele faria.

Eu morri seis vezes antes que eles me estabilizassem, mas o que eu mais me orgulho é do fato de que eu fui capaz de salvar quatro pessoas diretamente, tomando os tiros que poderiam tê-los matado, e que eu fui capaz de salvar centenas de outras pessoas neutralizando o atirador.

Eu não estou dizendo que o militarismo é a única maneira de servir ao seu país, e não é nem de longe, mas depois de tudo que me aconteceu, a única coisa que estava passando por minha mente, as promessas que eu fiz para a Ordem DeMolay e as minhas obrigações como maçom; não importa o que aconteça, eu sempre terei o suporte dos meus companheiros e nunca os deixarei decepcionados. Então eu mantive essas promessas.

Se eu não tivesse recebido as lições da Ordem DeMolay, eu não tenho ideia do que teria acontecido aquele dia. Eu não tenho ideia se eu teria sido capaz de salvar essas quatro pessoas, ou teria a coragem de lutar, quando eu poderia ter simplesmente deitado lá e morrido.

Graças a DeMolay eu estou vivo e fazendo esse discurso para os líderes de amanhã e todo mundo aqui. E eu ainda sou um Senior DeMolay. Muito obrigado.

Sgt William Hoover

 

Sargento William Hoover DeMolay

Comentários ( 5 )

  1. Lan Andrade
    Ótima a continuação da história. Em minha opinião, faltou postar fotos do dia do discurso. Fiquei na curiosidade de ver como está hoje, após toda a turbulência de tratamentos que passou, conforme as fotos... De qualquer forma, parabéns por transmitirem os relatos!
    • Alan Kelvin
      Devo ter em algum lugar, se não achar irei postar fotos atuais dele e postar aqui. Abraço.
  2. Paulo Júnio (PJ)
    Sensacional!
  3. Lucas Albuquerque
    Tive a honra de presenciar este discurso! Bastante motivacional e inspirador!
    • Alan Kelvin
      Realmente foi uma noite agradável, a história de superação e a motivação dele foi impressionante.

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