Conhecendo o DeMolay Internacional – Parte 2
Esse relato é a continuação do vídeo feito em duas partes sobre o funcionamento do DeMolay Internacional, portanto se você ainda não leu sobre a primeira parte, volta nos outros posts e leia a matéria, nele eu conto sobre o funcionamento dos capítulos e algumas particularidades da Ordem DeMolay Internacional.
Continuando a explicação da primeira parte, iremos falar sobre o nível estadual do DeMolay Internacional, pois cada jurisdição vive sua própria realidade, obedecendo algumas regras gerais.
Alguns estados se subdividem em regiões, podendo ter um representante juvenil regional que geralmente é nomeado e não eleito. Há jurisdições que possui um programa mais sofisticado com diversas comissões, diretores executivos, consultores regionais etc. Não existe um padrão a nível estadual e você pode encontrar diversos matizes de administração a depender do tamanho da jurisdição, pessoas envolvidas e tradição de cada uma delas.
Cada estado possui um oficial executivo que é equivalente a um grande mestre estadual, nomeado pelo Grande Mestre Internacional sem limite de tempo de gestão, podendo servir por anos, e veja bem, eu disse anos, pois já ouvi menções de oficiais executivos servindo por 20 ou 30 anos. É possível acumular cargos também, por exemplo, uma figura conhecida no Brasil, o Mike Salazar, que inclusive já esteve presente em nosso Congresso Nacional, enquanto esteve como Grande Mestre Internacional também ocupou o cargo de Oficial Executivo e sua esposa era a então consultora de ritual do seu capítulo.
Essa regra também era utilizada com relação ao Grande Mestre Nacional do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil quando de sua instalação.
Cada jurisdição tem ainda um mestre conselheiro estadual, que deverá ser eleito e será o delegado perante o Congresso DeMolay. Iremos falar sobre o “congresso DeMolay” em outro momento, pois é uma particularidade interessante da organização a nível internacional enquanto relacionado aos DeMolays Ativos.
Agora vamos falar sobre o nível nacional e internacional da Ordem DeMolay. Talvez seja o que chame mais atenção e onde haja mais dúvidas daqueles que interagem comigo.
O Supremo Conselho Internacional possui 4 tipos de membros, sendo eles:
– Classe 1, os membros ativos, com direito a voz e voto;
– Classe 2, os membros eméritos, que tiveram sua aposentadoria compulsória aos 75 anos ou que pediram a reclassificação por motivos pessoais (quando já não se conseguem participar dos Congressos ou não estão totalmente ativos no Supremo Conselho esses são alguns dos exemplos para pedir a reclassificação), esses membros só possuem direito a voz.
– Classe 3, os membros deputados, que tem direito a assistir as reuniões, menos as sessões executivas de votação para membros de classe, podem servir e votar em comissões do Supremo Conselho;
– E por último os membros de classe 4, que são os honorários, aqueles que possuem afinidade com o Supremo Conselho e tiveram algum tipo de relevância para a Ordem DeMolay. Essa classe dá direito ao membro de assistir as reuniões menos as sessões executivas, e não tem direito a voto.
Algo que ouço com certa frequência é sobre a extinção do Supremo Conselho Internacional, o que na verdade nunca ocorreu. O ISC está em pleno funcionamento desde a sua , oficialmente decretado proforma em 27 de Março de 1926, assim como está o DeMolay Internacional, criado e incorporado sob a lei do Missouri no dia 23 de Agosto de 1995. A melhor definição que já ouvi para entender a função e o que cada um representa é a de que o ISC cuida da parte fraternal da organização e o DeMolay Internacional cuida da parte administrativa e burocrática, do business, como já mencionei em outro post.
O Supremo Conselho é o corpo governador da instituição, e um ponto interessante é que nele há um limite de 150 membros ativos, excluindo-se os oficiais executivos e os pasts Grandes Mestres Internacionais que possuem classificação ativa vitalícia.
O DeMolay Internacional possui um corpo diretor que é popularmente conhecido no Brasil como “board”. Apesar de não termos adotado de forma comum o termo “Corpo Diretor”, ele funciona da mesma forma que o conselho deliberativo de uma empresa e contém 19 membros que devem ser eleitos por unanimidade.
Apesar de parecer complexa essa relação entre as “duas organizações” DeMolay, nos Estados Unidos culturalmente é comum esse tipo de relação entre as empresas. Por exemplo, em um hospital sem fins lucrativos que possui um corpo diretor, o presidente pode ser um membro da comunidade que se voluntariou ao cargo e venceu uma eleição, mas que possui outras atividades comerciais totalmente diferentes da área de saúde. No entanto, o mesmo hospital possui um CEO bem remunerado que representa a empresa hospitalar e realiza as transações comerciais de acordo com o acordado no conselho diretor.
Uma outra curiosidade recorrente é sobre os colares da Ordem DeMolay e suas cores, como são geralmente referenciados. Os membros ativos, os membros eméritos, os oficiais executivos e os pasts Grandes Mestres Internacionais possuem colares dourados, os deputados possuem colares pratas e os honorários colares brancos.
Em outro momento falarei sobre a liderança juvenil e a organização do Gabinete Internacional, chamado de “Congresso DeMolay”. Caso tenha ficado alguma dúvida ou você tenha alguma outra curiosidade, deixe um comentário abaixo que procurarei responder nos próximos posts.